O presidente do Conselho Superior da Ordem dos Advogados frisou que o que o bastonário da Ordem tem dito é mentira e que não poderia mais pactuar com o silêncio que por vezes se torna indigno. Numa carta aberta divulgada na página da Internet da Ordem, José António Barreiros relembrou não ser «membro de um grande escritório, que não pertence à aristocracia da advocacia de Lisboa e não representa interesses vultuosos». Nesta missiva, o responsável máximo do Conselho Superior da Ordem entende que as palavras que lhe têm sido dirigidas por Marinho Pinto são «graves» e que «põem em causa a sua probidade» e que «a serem verdadeiras o tornariam indigno da profissão e do cargo». José António Barreiros rejeitou ser a «face visível» de oposição ao bastonário da Ordem e que disse não ser verdade estar a agir sem isenção enquanto presidente do Conselho Superior e que não é o «líder de um golpe de Estado» e de uma «guerrilha política» contra Marinho Pinto. Este responsável disse ainda não ser traidor e garantiu que nunca chamou nem «salazarista» nem «fascista» ao bastonário, tendo ainda assegurado que não se reuniu com os Conselhos Distritais para promover uma «conspiração anti-Marinho Pinto». Em declarações à TSF, José António Barreiros explicou que o cargo que ocupa «obriga a uma grande reserva», mas que era chegada a altura de se «repor situações que não correspondem à verdade, mas que são o cerne da argumentação do bastonário». O presidente do Conselho Superior da Ordem lembrou que Marinho Pinto vê José António Barreiros um «opositor fazendo-lhe guerrilha política estando na origem de um golpe de estado contra ele». «Chegou a altura em que procurei tornar claro junto dos meus colegas que isso não é assim e que o bastonário tem de se entender com os Conselhos Distritais - é aí que surge a polémica», adiantou.
Leia aqui a carta aberta do Sr. Presidente do Conselho Superior da Ordem dos Advogados
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