A DECO vai apresentar, esta manhã, uma providência cautelar contra a Caixa Geral de Depósitos que durante o ano passado e devido a um erro de cálculo, cobrou a cerca de 15 mil clientes menos do que devia pelas prestações da casa. Quando identificou a falha, a CGD decidiu cobrar o valor em dívida sem aviso prévio dos clientes, estando em causa montantes que variam entre as centenas e milhares de euros. A DECO alertou em 2008 para o problema. A CGD ponderou uma solução que, no entanto, Ana Tapadinhas, jurista da associação de defesa dos consumidores, considera ser lesiva dos interesses dos clientes. «A CGD creditou novamente estas quantias, propondo simultaneamente aos consumidores a opção entre duas situações. Ou o pagamento integral, sem juros em três meses ou a celebração de um crédito ao consumo», referiu a jurista. A DECO ainda propôs à CGD uma outra solução para o pagamento faseado dos valores em falta, mas e porque não foi aceite pelo banco, a associação de defesa do consumidor decidiu avançar com uma providência cautelar para impedir novos débitos nas contas dos clientes. «Se se tratou de uma aplicação que foi incorrecta durante 12 meses, a reposição destes montantes deve ser em 12, e uma vez que a CGD não se mostrou sensível às reclamações dos consumidores, decidimos apresentar esta providência cautelar para impedir que o banco debite a partir do dia 9 de Junho estas quantias», afirmou.
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