O número de mulheres que chegam a Portugal vítimas de tráfico, nomeadamente para exploração sexual, aumentou significativamente nos últimos meses, diz a responsável pelo centro de acolhimento e protecção a vítimas de tráfico e filhos menores. Ouvida pela TSF, Marta Pereira, responsável por esta estrutura que está a funcionar há um ano e que, por exemplo, recebe também vítimas de exploração laboral, confirmou que a procura de ajuda tem crescido nos últimos tempos. «Realmente, a exploração sexual, a prostituição, estes fenómenos sentimos que têm vindo a aumentar e o tráfico de seres humanos a par e passo com esse fenómeno também», explicou. Esta responsável adiantou ainda que a maioria das vítimas deste tráfico sai do país de origem ignorando o que as espera, uma vez que vêm convencidas de que têm à espera em Portugal um emprego. Marta Pereira adiantou que estas pessoas vêm «completamente estigmatizadas, com uma auto-estima completamente em baixo» e que «acreditaram e que muitas vezes vêm através de pessoas conhecidas, de familiares e amigos». «Por isso, pretendemos que seja um espaço securizante em que a vítima consiga voltar à sua integração social e ao seu dia-a-dia normal», concluiu.
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