Em média, “mais de dois em cada três eleitores consideram que diferentes classes de cidadãos recebem tratamento desigual em face da lei e da justiça” e “a maioria sente-se desincentivada de recorrer aos tribunais para defender os seus direitos”, indica o estudo "A Qualidade da Democracia em Portugal: A Perspectiva dos Cidadãos", dirigido por Pedro Magalhães, investigador do Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa e promovido pela SEDES. No estudo que será divulgado hoje no IV Congresso da SEDES, que decorre no Instituto para a Defesa Nacional, em Lisboa, 82 por cento dos inquiridos discordam que “a justiça trata ricos e pobres de forma igual”, 79 por cento não concordam com a ideia de que “a justiça trata de forma igual um político e um cidadão comum” e 49 por cento não acredita que “os processos judiciais não são tão complicados que não valha a pena uma pessoa meter-se neles”.Uma das mais antigas associações cívicas portuguesas, fundada em 1970, a SEDES tem como objectivo o estudo do estado do desenvolvimento da sociedade portuguesa.
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