Crise económica aumenta carjacking

A crise económica é um dos factores justificativos para o aumento do fenómeno do carjacking. A justificação foi adiantada no IV Congresso Nacional de Criminologia no Porto, que terminou ontem, pelo Comandante do Destacamento de Trânsito do Porto, tenente Silva Lopes. No ano passado verificaram-se 597 assaltos por carjacking só na área da GNR. “O método é usado para conseguir dinheiro fácil no comércio de automóveis ou partes no mercado negro”, constatou o responsável explicando que em 2007 ocorreu um aumento de 33 por cento nas situações de carjacking, de acordo com o Relatório Anual de Segurança Interna. “Áreas com muitos bairros sociais, empresas e boas vias rápidas de comunicação como o Porto, também evidenciam um elevado número de assaltos por carjacking”, disse o tenente Silva Lopes.
De acordo com os números da Unidade Nacional de Trânsito, a maioria dos assaltos ocorre, entre as 19h00 e as 01h00, ao fim-de-semana e à quinta-feira, por serem alturas com maior movimentação. 43 por cento dos casos acontece na via pública, 17 por cento no estacionamento e 8,79 por cento próximo de casa, sendo as áreas mais afectadas as de Lisboa, Porto e Setúbal. A maioria dos “carjackers” procura carros de luxo, estações de serviço e áreas residenciais, pelo que o responsável deixou alguns conselhos para evitar o assalto pelo método de carjacking: caminhar decidido para o carro, trancar as portas, em caso de suspeitar estar a ser seguido não entrar no carro, não parar para assistir um desconhecimento envolvido num suposto acidente. O conselho mais importante é não reagir quando for assaltado.
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