Bastonário prometeu reduzir gastos, mas relatório de contas de 2008 revela que despesas com honorários aumentaram 27% e com deslocações 11% em relação a 2007.
Em Março de 2008, quatro meses depois de ser eleito bastonário da Ordem dos Advogados (OA), António Marinho e Pinto denunciava o "desperdício de gastos" da instituição, referindo-se concretamente ao último ano do seu antecessor, Rogério Alves. Mas os números não enganam. Mais de um ano depois da denúncia e do discurso da "moralização" de Marinho e Pinto, os gastos da Ordem não só não diminuíram como aumentaram.
Segundo o relatório de contas de 2008, há registo de um aumento nas despesas de todas as rubricas - honorários, deslocações e estadias, serviços externos, comparticipações junto dos conselhos distritais, seguro de responsabilidade profissional, material de escritório e comunicação. No entanto, na introdução deste documento, assinado por Jerónimo Martins, número dois do Conselho Geral da Ordem, órgão a que o bastonário preside, refere que os custos, na generalidade, tiveram "uma variação praticamente nula". Mas, por exemplo, só no caso dos honorários houve um aumento de 25% face a 2007. Isto porque mal Marinho e Pinto tomou posse decidiu que para se dedicar à função a tempo inteiro teria de ter uma remuneração fixa mensal de bastonário, no valor de oito mil euros.
Em 2008, a Ordem dos Advogados pagou assim 118 mil euros de ordenados, assim como todas as despesas com deslocações e estadias dos membros do Conselho Geral, o que resultou num aumento de 11% deste tipo despesa face a 2007. O gasto total, de acordo com o relatório, atingiu os 215 mil euros, englobando as despesas de representação, nalguns casos, viagens aéreas feitas pelo próprio bastonário em classe executiva. No ano passado, e no que toca a este tipo de gasto, Marinho acusava os dirigentes da Ordem de gastadores: "Para se fazer uma ideia, basta dizer que, só este ano, os dirigentes da OA já gastaram mais de cem mil euros em despesas de representação, refeições por conveniência de serviço e bebidas", afirmou. Indignado, sublinhava ainda que nas mesmas rubricas foram gastos, em 2007, "cerca de 180 mil euros". Mas, no seu mandato, este montante já foi ultrapassado.
Na área da comunicação, as despesas também revelam um aumento de gastos com telefones, telemóveis, TV cabo e com o próprio boletim da Ordem dos Advogados. A subida é explicada pelo Conselho Geral "devido a um maior número de acções para alertar os advogados ao pagamento das quotas". A distribuição e publicação do boletim já custou mais 115 mil euros do que o montante registado no mandato de Rogério Alves. No total, a OA gastou 471 mil euros em despesas com a comunicação.
Noticia Diário de Noticias
Em Março de 2008, quatro meses depois de ser eleito bastonário da Ordem dos Advogados (OA), António Marinho e Pinto denunciava o "desperdício de gastos" da instituição, referindo-se concretamente ao último ano do seu antecessor, Rogério Alves. Mas os números não enganam. Mais de um ano depois da denúncia e do discurso da "moralização" de Marinho e Pinto, os gastos da Ordem não só não diminuíram como aumentaram.
Segundo o relatório de contas de 2008, há registo de um aumento nas despesas de todas as rubricas - honorários, deslocações e estadias, serviços externos, comparticipações junto dos conselhos distritais, seguro de responsabilidade profissional, material de escritório e comunicação. No entanto, na introdução deste documento, assinado por Jerónimo Martins, número dois do Conselho Geral da Ordem, órgão a que o bastonário preside, refere que os custos, na generalidade, tiveram "uma variação praticamente nula". Mas, por exemplo, só no caso dos honorários houve um aumento de 25% face a 2007. Isto porque mal Marinho e Pinto tomou posse decidiu que para se dedicar à função a tempo inteiro teria de ter uma remuneração fixa mensal de bastonário, no valor de oito mil euros.
Em 2008, a Ordem dos Advogados pagou assim 118 mil euros de ordenados, assim como todas as despesas com deslocações e estadias dos membros do Conselho Geral, o que resultou num aumento de 11% deste tipo despesa face a 2007. O gasto total, de acordo com o relatório, atingiu os 215 mil euros, englobando as despesas de representação, nalguns casos, viagens aéreas feitas pelo próprio bastonário em classe executiva. No ano passado, e no que toca a este tipo de gasto, Marinho acusava os dirigentes da Ordem de gastadores: "Para se fazer uma ideia, basta dizer que, só este ano, os dirigentes da OA já gastaram mais de cem mil euros em despesas de representação, refeições por conveniência de serviço e bebidas", afirmou. Indignado, sublinhava ainda que nas mesmas rubricas foram gastos, em 2007, "cerca de 180 mil euros". Mas, no seu mandato, este montante já foi ultrapassado.
Na área da comunicação, as despesas também revelam um aumento de gastos com telefones, telemóveis, TV cabo e com o próprio boletim da Ordem dos Advogados. A subida é explicada pelo Conselho Geral "devido a um maior número de acções para alertar os advogados ao pagamento das quotas". A distribuição e publicação do boletim já custou mais 115 mil euros do que o montante registado no mandato de Rogério Alves. No total, a OA gastou 471 mil euros em despesas com a comunicação.
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