Crise faz aumentar interrupções voluntárias da gravidez em Portugal

O número de abortos em Portugal aumentou nos primeiros cinco meses do ano. A conclusão é adiantada pela Agência Lusa que consultou algumas instituições de saúde. O director executivo da Associação para o Planeamento da Família, Duarte Vilar, considera que a incerteza sobre o futuro pode contribuir para esta situação. No hospital Amadora-Sintra, por exemplo, os abortos aumentaram 23 por cento, enquanto na clínica dos Arcos, que realiza milhares de abortos encaminhados pelos hospitais públicos, a subida foi de 24 por cento. O director executivo da Associação para o Planeamento da Família admite que este aumento esteja relacionado com a crise económica. Duarte Vilar diz que a incerteza sobre o futuro pode levar muitas familias a interromperem gravidezes não planeadas. Duarte Vilar afirma também que é normal um aumento do número de abortos nos primeiros anos após a despenalização. A Direcção-geral de Saúde só fará um balanço do número de interrupções voluntárias da gravidez na primeira metade do ano no final do próximo mês.

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