A GNR rejeitou hoje que «alguma vez» uma empresa de segurança privada tenha feito segurança a instalações suas, reagindo a um caso suscitado terça-feira na Assembleia da República pelo deputado social-democrata Fernando Negrão junto do ministro da Administração Interna. Na última audição ordinária de Rui Pereira no Parlamento, Fernando Negrão questionou o ministro sobre a presença de um cartaz no posto da GNR de Armação de Pêra indicando que a segurança das instalações estaria a cargo de uma empresa privada. Rui Pereira respondeu que seria «extravagante» que tal acontecesse e respondeu que a empresa ganhou um concurso para instalação de um sistema de vídeovigilância externa no posto e que «colocou um painel de publicidade». Fernando Negrão não se deu por satisfeito com a resposta e, com recurso a uma fotografia recebida por um assessor no telemóvel, o ministro deu-se conta de que, além do painel publicitário, o posto ostentava uma placa semelhante às que são colocadas nas habitações «ou condomínios» vigiados por seguranças privados, como referiu o deputado do PSD, o que já não lhe pareceu tão legítimo, comprometendo-se a averiguar. Num esclarecimento, o porta-voz da GNR, tenente-coronel Costa Lima, fez questão de sublinhar: «Nunca nenhuma empresa de segurança privada fez alguma vez segurança a instalações da GNR». Costa Lima considerou uma «situação pontual», a presença temporária do referido cartaz no posto de Armação de Pêra enquanto duraram as obras para instalação do sistema de vídeo-vigilância externa a cargo de uma empresa privada. A placa foi removida logo que a empresa terminou essa instalação, esclareceu o porta-voz da GNR, salientando que já não está afixada «desde Março». Costa Lima compreende ainda assim a perplexidade de Rui Pereira traduzida na vontade expressa pelo ministro de «averiguar» o insólito caso do cartaz. «A foto já circula há pelo menos três meses e o cartaz já lá não está desde Março», conclui com alguma ironia.
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